Em Guarulhos, motoristas estão em estado de greve, mas não há paralisação

A paralisação de ônibus na Capital causou tumulto e a suspensão do rodízio de veículos nesta terça-feira (14).

Em Guarulhos, apesar de os motoristas terem entrado em estado de greve na semana passada, não há qualquer paralisação até o momento.

Na Capital, ao menos 15 empresas tiveram as operações paralisadas, enquanto outra 12 operam normalmente. Segundo a SPTrans, o sindicato descumpriu a decisão judicial que obrigava a disponibilidade de 80% da frota.

A greve em São Paulo foi confirmada na segunda-feira (13), após a categoria recusar um reajuste de 12,47% a partir de outubro. A paralisação gerou um fluxo de trânsito maior nas rodovias e sobrecarregou o Metrô e a CPTM.

Para tentar minimizar os impactos da greve, doze linhas de ônibus que iam até o Terminal Campo Limpo foram estendidas até a Estação Vila Sônia, onde os passageiros podem fazer a integração com o Metrô.

As 11 linhas que levam até o Terminal Vila Nova Cachoeirinha também se estenderam até o Metrô Barra Funda. Sete ônibus foram disponibilizados para o transporte entre os terminais Varginha e Grajaú, para facilitar a conexão com a linha 9 Esmeralda do trem da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM).

Em Guarulhos, a proposta feita a categoria foi de 10%, parcelado em duas vezes. Os motoristas rejeitaram a proposta e uma nova negociação deve ser realizada. Não há previsão de reajuste para vale-refeição e do pagamento da PLR (Participação dos Lucros e Resultados).

Em carta aberta à população, o sindicato, presidido pelo vereador Maurício Brinquinho (PT), disse que a proposta é vergonhosa e que há incentivos para empresas e empresários, mas não para o trabalhador, e fez referência ao alto custo de vida anual, citando ainda a criação da taxa do lixo com um novo tributo que onera a categoria.