O público de Guarulhos teve a oportunidade de assistir, no Bosque Maia, a belas apresentações que fizeram parte do 1º Festival de Inverno de Guarulhos, ação cultural gratuita promovida pela Secretaria de Cultura do Município.
A iniciativa foi da Diretoria de Atividades Culturais, que convidou o maestro Emiliano Patarra, diretor do Conservatório Municipal, para organizar a parte artística. A ideia foi inspirada nos grandes festivais de inverno que acontecem em diversas cidades pelo mundo afora.
Em meio à programação, o 1º Festival de Inverno ofereceu ao público espetáculos e concertos ao ar livre com as orquestras Gru Sinfônica e Orquestra Jovem (OJMG) e mais de 20 grupos musicais do Conservatório, dentre os quais Big Band Prata da Casa, Banda Sinfônica, Roda de Choro do Samuka, Almanaque e Guarulhos Pop’s Orchestra.
No sábado, apresentaram-se: Maurício Liberal, Glowing Tree, Guilherme Vazquez e Ronnie Oliveira, Boca no Trombone, Cia. de Teatro Musical Tati Gurgel, Guarulhos Pop’s Orchestra, concluindo com a Orquestra Jovem Municipal de Guarulhos, que executou trilhas de filmes e de animação.
No domingo: grupos de Violino Infantil e pianistas do Conservatório Municipal de Guarulhos, Brains on Fire, Grupo Árias e Cantigas, Grupo Guarucellos / Corda Bamba, Groo Jazz, Roda de Choro do Samuka. O encerramento se deu com a apresentação da Orquestra GRU Sinfônica, mostrando Grandes Aberturas Românticas, sob regência de jovens maestros que fizeram parte de oficinas realizadas no Festival de Campos do Jordão, no qual a GRU Sinfônica foi a orquestra residente.
O maestro Emiliano Patarra explicou ao público sobre a mescla de estilos que compuseram o Festival e o significado de cada uma das peças que seriam executadas pela GRU Sinfônica, tecendo comentários a respeito de cada um dos maestros: O colombiano Luis Felipe Calero Perez regeu a abertura “Egmont”, de Beethoven; Felipe Ayala, de Brasília, “Festival Acadêmico”, de Johannes Brahms; Kaíque Stumpf regeu “O barbeiro de Sevilha”, de Rossini; Otis Enokido-Lineham, de Londres-Inglaterra, regeu “O corsário”, de Hector Berlioz; Flávio Lago, de São Paulo, regeu “As alegres comadres de Windsor”, de Otto Nicolai, e Lucas Araújo, “O morcego”, de Johann Strauss Jr.
O prefeito em exercício e secretário da Cultura, Jesus Roque Freitas, compareceu e fez breve pronunciamento sobre o evento, enfatizando a importância de levar espetáculos de alto nível para a população.
Embora no decorrer da tarde o Sol quente tenha feito diminuir o público, o concerto da GRU Sinfônica praticamente lotou as cadeiras disponíveis e havia pessoas assistindo pelas imediações. Era perceptível a aprovação das pessoas à iniciativa, bem como pela qualidade das execuções. Os músicos foram aplaudidos de pé ao final das apresentações. Foi uma mostra de que, aparentemente, a população imagina não gostar de música clássica mais por desconhecimento. Quando têm a oportunidade de assistir ao vivo, como aconteceu neste fim de semana, as pessoas passam a ter uma noção diferente e é provável que venham a ter interesse por conhecer mais a respeito.
Valdir Carleto