A queda no valor dos combustíveis, divulgada pelo IPCA-15 de julho nesta terça-feira (26), trouxe alívio para motoristas do Alto Tietê. Em um posto de combustíveis da Vila Figueira, em Suzano, o litro da gasolina comum custa atualmente R$ 5,49. Há um mês, esse mesmo volume de gasolina não era vendido por menos de R$ 6,37.
Clientes do estabelecimento dizem que já sentiram o alívio no bolso, mas que o preço dos combustíveis ainda podem melhorar devido aos aumentos consecutivos nos últimos meses. Jessé Soares, gerente do posto, explica como a queda no valor dos combustíveis impactou no movimento do posto.
“Com certeza o impacto de imediato deu uma melhorada um pouco. Essa redução na gasolina e no álcool ela baixou para os nossos consumidores finais. Isso fez com que o movimento nosso melhorasse, um pouco longe da realidade, é lógico, mas impactando um pouco na demanda, no consumo”.
O gerente também comenta sobre como os aumentos nos valores da gasolina, etanol e diesel nos meses anteriores impactaram na demanda dos consumidores. “Tivemos uma queda significante, até porque, enfim, o preço alto a demanda diminui, isso aí é natural. Isso prejudicou tanto os consumidores finais como nós, responsáveis pelos postos de combustíveis. Atrapalhou bastante nosso movimento, sim”.
Sobre quanto abastecimento. “Está voltando aos poucos. Assim, a galera, com essa redução diminui um pouco o preço na bomba e isso fez com que as pessoas venham encher o tanque, mas não na quantidade que nós tínhamos uma realidade nos anos anteriores ou talvez nos meses anteriores”.
Queda nos combustíveis
Em julho, segundo o IBGE, o preço do etanol teve uma queda de 8,16% em julho, enquanto a gasolina registrou queda de 5,01%. Já o diesel teve redução de 7,32%. Já nos últimos 12 meses, o preço do etanol aumentou 11,78%, enquanto a gasolina teve alta de 20,38%, e o diesel 61,89%.
Um estudo feito pelo Núcleo de Logística e Infraestrutura da Fundação Dom Cabral aponta que a malha rodoviária é utilizada para o escoamento de 75% da produção no país, seguida da marítima, com 9,2%, da aérea, com 5,8%, ferroviária, com 5,4%, cabotagem, com 3%, e hidroviária, com 0,7%.
A educadora Luciana Ikedo explica o impacto da redução dos preços dos combustíveis e outras fontes de energia e também comenta como isso pode trazer um alívio, mesmo que pequeno, para as contas no fim do mês.
“Essa redução na prévia do IPCA-15, que é o indicador que nos fala da inflação, já está sendo sentida na bomba de combustível e no custo de habitação. A energia elétrica está mais barata. Assim, fica também mais barato toda a prestação de serviço que dependa dos transportes, que dependa da energia elétrica. Então, o consumidor e a consumidora já sentirão na mesa o preço mais barato. Quando a gente alia isso ao custo de produção e ao custo de transporte mais barato produtor que também estejam na safra, são aqueles produtos de época, a gente consegue sentir ainda mais a diferença no nosso bolso”.