Arthur Lira segue atuando como um “maestro” na Câmara dos Deputados. Reeleito com ampla votação para a presidência da Câmara dos Deputados deve definir nos próximos dias o tamanho – seu e do seu grupo – no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Até que isso aconteça Lira dará o “tom” na política e, principalmente, na economia.
Esta semana Arthur Lira avisou que não há a menor possibilidade de mudança na autonomia do Banco Central. E fez contraponto, literalmente – (contraponto: a arte de sobrepor uma melodia a outra) – ao avisar ao governo que a reforma tributária não será a que o Palácio do Planalto deseja.
Durante discurso em evento do banco BTG Pactual, em São Paulo, o presidente da Câmara dos Deputados, afirmou que o Congresso fará a reforma fiscal “possível”, e “não a que cada um tem na cabeça”.
Segundo Lira, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, teria concordado em apresentar um “texto médio” aos parlamentares. “Um texto radical, para um lado ou outro, não terá sucesso”, ressaltou o após afirmar que espera um texto “equilibrado, que trate de responsabilidade fiscal sem esquecer responsabilidade social”.