Talvez o ministro do governo Lula mais odiado pelos bolsonaristas e assemelhados seja Flávio Dino, da Justiça.
E tem sido ele o mais destacado integrante do governo nesses primeiros meses, dividindo o protagonismo com Fernando Haddad, da Fazenda.
E por motivos diversos: o homem da economia tem de encontrar, junto com sua equipe e colegas da área, um caminho para o Brasil escapar da armadilha posta à frente: dinheiro pouco, necessidade muita.
Dino, eis o busílis, tem demonstrado que sabe combater o bom combate.
Já esteve por duas vezes no Congresso Nacional, sendo provocado, xingado e achincalhado. Mas demonstrou, em ambas as ocasiões, rapidez de raciocínio e capacidade de argumentação – na defesa e no ataque.
A formação de magistrado (federal) e o exercício da atividade política, como deputado e governador do Maranhão, contribuíram para forjar um personagem que tem chamado a atenção – positivamente – da República.
Dino tem ido além da linguagem policialesca, tão ao gosto dos seus antagonistas, com uma visão humanista e de grande alcance social.
Tem muito chão pela frente, mas se resistir à pancadaria, pode se tornar um nome ainda mais relevante, seja lá para o que for.