Após décadas se dedicando ao projeto político do ex-senador Benedito de Lira, a ex-deputada estadual Ângela Garrote (Progressistas) acabou sendo excluída pelos líderes do grupo político que faz parte atualmente, após perder o mandato na eleição passada.

Ficando na primeira suplência do Progressistas, era esperado que Garrote assumisse o mandato numa acomodação a ser realizada pelo presidente da Câmara Federal, Arthur Lira. No entanto, as expectativas não foram atendidas e a “fiel escudeira” foi excluída.

Publicamente, Arthur Lira colocou como prioridade nomes cujas famílias já foram “contempladas” com mandatos na Casa de Tavares Bastos. Como, por exemplo, os ex-deputados Davi Filho e Jó Pereira. A mãe de Davi, Rose Davino, e o irmão de Jó, Fernando Pereira, assumiram suas cadeiras no Legislativo estadual pelo Progressistas.

Davi e Jó ainda foram “premiados” por Arthur Lira com importantes secretarias na gestão do prefeito de Maceió, JHC (PL). Já o deputado estadual Cabo Bebeto (PL), também teria conseguido emplacar o filho, Caio Bebeto, por intermédio do presidente da Câmara Federal.

Embora evite fazer qualquer tipo de comentário a respeito do tratamento que tem recebido de Arthur Lira, Ângela Garrote tem se dedicado ao tratamento de um problema de saúde. Através das redes sociais, ela destaca a pré-campanha do filho, Arlindo Garrote, à prefeitura de Estrela de Alagoas, que segue de forma “independente”.

Nos corredores da Casa de Tavares Bastos, os comentários são de que “a demora em resolver a situação de Ângela Garrote é um ato de desprezo a uma das mais importantes aliadas da família Lira”.

A reportagem tentou contato telefônico com as assessorias de Ângela Garrote e Arthur Lira para comentar o caso. No entanto, até o fechamento da matéria, não recebeu respostas.