Partido Democrático Trabalhista em Alagoas (PDT-AL) quer retomar o protagonismo em Maceió elegendo dois vereadores nas eleições municipais do próximo ano. É o que defendeu o advogado e presidente da legenda no município, João Folha, em entrevista exclusiva ao Jornal de Alagoas.
“A prioridade para nós é retomarmos uma ou duas cadeiras na Câmara de Maceió”, afirmou João. O projeto do partido, a nível municipal, é não contar com candidatos de mandato na chapa: “Estamos conversando com vários outros partidos e vários grupos independentes na construção dessa chapa. Será uma chapa bem representativa, temos candidatos dos segmentos LGBTQIA+, médicos, advogados, movimento comunitário, movimento negro. A ideia é fazer uma chapa diversificada para atingir o quoeficiente e eleger pelo menos um vereador. O projeto é para duas vagas, mas a política é muito dinâmica”, ressalva.
Desde 2016 o partido não tem representantes na Câmara de Vereadores de Maceió. Na última eleição ao cargo, o principal nome pedetista foi Judson Cabral, mas a sigla não atingiu o quoeficiente necessário para conseguir uma das 25 vagas no parlamento. João Folha reconhece as dificuldades das eleições em Maceió, e diz que os pleitos ficam mais caros a cada ano. Apesar disso, ele se mostra confiante para o sucesso do partido de Leonel Brizola.
“Sabemos que é difícil, que tem suas particularidades. Nós temos uma câmara com 25 vereadores que irão para a reeleição e a maneira de se conquistar o voto é Maceió fica mais cara a cada eleição, o que dá uma desvantagem para quem não tem mandato, para quem corre atrás do voto consciente, mas, sabendo disso, com trabalho, construção e os pés no chão, da pra gente chegar nisso aí”.
O próprio João será um dos candidatos pedetistas à Câmara Municipal. Ele disputará pela primeira vez uma eleição, mas ressalta outros quadros que disputarão também com chances de vitória as vagas do partido. “Temos o Pisca [Carlos Pisca – presidente do Sindicato dos Guardas Municipais], temos o pessoal do coletivo da saúde encabeçado pelo Isaac Lima, servidor do Samu. Ambos foram candidatos a deputado federal”.
Mas um dos principais pontos do PDT, afirma o presidente do diretório municipal, é a pluralidade do quadro ativo de possíveis candidatos. “São nomes que representam vários segmentos e que não disputaram eleições anteriormente, mas que vem para articular com seus nichos políticos uma grande campanha”, afirma.
Outros pré-candidatos destacados por Folha são: André Basto, empresário com boa circulação entre os ambulantes e o setor de alimentos; Eloísa Costa, mulher trans, e coordenadora do movimento LGBTQIA+ do PDT; professor Valério, servidor do INSS; Kléver Júnior, ex-prefeito de Japaratinga, Geraldo Carvalho, advogado, Ricardo Lessa, ex-secretário municipal de Maceió, Israel Lessa, ex-secretário do Trabalho; Marília Magalhães, membra do Movimento Médicos pela Democracia; Juliana Fázio, ligada à Cufa.
A nível estadual, João Folha conta que a ideia é fazer o máximo de candidatos às prefeituras dos 102 municípios do estado. “Em nossa base de cálculo, teremos de 38 a 40 candidatos a prefeito. Com vários nomes tendo chances de vencer a eleição”. Na capital alagoana, conta Folha, ter um candidato não é uma discussão da diretoria da legenda. “Não está na pauta do dia, mas também pode ser uma possibilidade de o PDT ter um candidato à prefeito ou até vice-prefeito como já teve anteriormente”, resume.
A longo prazo, a ideia, segundo ele, é continuar a reconstrução do PDT em Alagoas, “que já teve vários prefeitos, que já teve governador, um prefeito de Maceió, a gente trabalha nesse ponto. Se for exitoso o nosso projeto para 2024, em 2026, quem sabe, poderemos ter um deputado federal e alguns estaduais”.
Convenção estadual
O partido realizará no dia 03 de junho sua Convenção Estadual, no auditório da Assembleia Legislativa, das 09h às 14h. Na ocasião, serão eleitos os membros efetivos do Diretório Estadual, a Comissão de Ética, o Conselho Fiscal e presidentes dos Movimentos Organizados do PDT.
Fonte – Jornal de Alagoas