O senador Renan Calheiros (PMD), comentou, nas suas redes sociais, que o deputado Arthur Lira (PP), presidente da Câmara dos Deputados, conseguiu “deixar seus rastros na gatunagem da robótica, com dinheiro do FNDE”. Os comentários de Calheiros dizem respeito à Justiça Federal ter encaminhado as investigações da Operação Hefesto para o Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo investigações, a Polícia Federal encontrou “indícios da participação nos delitos ora investigados de um congressista”. A informação foi revelada em uma reportagem da Folha de São Paulo.

De acordo com as informações, a polícia encontrou três documentos contendo nomes de Lira e de seu ex-assessor, Luciano Ferreira Cavalcante, também alvo da investigação. Também há a suspeita de envolvimento de aliados de Arthur Lira.

A reportagem da Folha de São Paulo também revelou que a Polícia Federal “teria também apreendido um documento com o motorista de Luciano Ferreira Cavalcante com anotações de possíveis despesas de Lira, seus familiares e pessoas de sua relação. Esses pontos indicariam o envolvimento do presidente da Câmara e justificariam o envio da investigação para o STF.”

Vale ressaltar que a Operação Hefesto realiza a investigação de um esquema de fraudes em licitações, ocorridas entre 2019 e 2022, em 43 cidades alagoanas. No esquema, também teria ocorrido o ”direcionamento e superfaturamento de contratos para a compra de equipamentos de robótica para escolas públicas”.