Bruno Barbosa Vilar, de 27 anos e José Henrique Queiroz Barbosa Rocha, 38, são réus no processo  que chocou a cidade sertaneja.

Os acusados de assassinar o empresário Gilmário Alencar dos Santos, morto no dia 24 de fevereiro de 2021, vão encarar o banco dos réus na próxima terça-feira (18), no Fórum de Justiça de Olho d’Água das Flores, município situado no Médio Sertão de Alagoas.

Bruno Barbosa Vilar, de 27 anos e José Henrique Queiroz Barbosa Rocha, 38, são réus no processo  que chocou a cidade sertaneja. Outro indivíduo, de nome Caetano, também foi apontado pela polícia como participe do crime, contudo, morreu em confronto com a polícia, durante as buscas.

Bruno e Henrique foram denunciados pelo Ministério Público Estadual de Alagoas (MP-AL) pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, cruel e impossibilidade da vítima de se defender), furto qualificado, além de destruição e ocultação de cadáver.

Além destes, José Henrique responde individualmente por posse ilegal de arma de fogo. Segundo a investigação que resultou na denúncia, Henrique é apontado como autor intelectual. Ele era dono de um lava-jato, onde ocorreu o homicídio. Bruno e Caetano eram seus funcionários e teriam ajudado na concretização da morte e a esconder o corpo de Gil.

Sobre o Tribunal do Júri

O Tribunal do Júri será comandado pelo magistrado Antonio Iris da Costa Junior. Representando o MP-AL estará o promotor João de Sá, que terá os advogados Adauto Filho e Raimundo Palmeira como assistentes de acusação.

Na defesa, Bruno é representado pela advogada Keyla Machado e o advogado José Lucas, enquanto o réu José Henrique tem como defensor o advogado Diego Marcus Costa Mousinho.

O crime

Empresário Gilmário (Foto: Reprodução / Redes sociais)

O caso da morte de Gilmário Alencar dos Santos foi apurado pela Divisão Especial de Investigações e Capturas (DEIC) da Polícia Civil. Segundo as investigações, Gilmário foi rendido e asfixiado até a morte dentro do Lava Jato de José Henrique.

Seu corpo foi jogado na carroceria do veículo Fiorino, pertencente ao proprietário e para tentar simular um sequestro, Henrique levou o carro da vítima para o município de Arapiraca, tendo o abandonado num posto de combustíveis.

Na sequência, conforme explicou a Deic, Henrique, Caetano e Bruno foram até uma propriedade da família de Henrique, na zona rural de Olho d’Água das Flores, e teriam jogado Gilmário “dentro de uma espécie de cisterna, onde foi carbonizado”.

Quando as equipes policiais chegaram ao local, “o corpo estava praticamente apenas cinzas, pois a cisterna foi tampada, funcionando com um forno, potencializando a cremação”, indica o relatório da PC.

Por Alagoas na net