Senador apresentou emenda à Medida Provisória para fomentar empreendedorismo entre famílias de baixa renda

Maior programa de transferência de renda do país, o Bolsa Família é reconhecido internacionalmente por já ter retirado milhões de famílias brasileiras do mapa da fome. O programa, inclusive, também se destaca em outras frentes, como o combate à evasão escolar, que gera adultos com baixa escolaridade e dificulta o acesso ao mercado de trabalho. 


E foi para fortalecer as políticas públicas de enfrentamento à pobreza que o senador Renan Calheiros (MDB-AL) solicitou ao ministro do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias, a inclusão da oferta de crédito para beneficiários do Bolsa Família, como forma de estimular o empreendedorismo e fortalecer a geração de emprego e renda.


“Defendemos a inclusão produtiva dessas famílias. Os bancos públicos, como a Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil, precisam garantir crédito para quem deseja empreender, para quem sonha com o próprio negócio, seja uma mercearia ou uma oficina mecânica, por exemplo. Agora, o governo apresentará uma política específica para essas pessoas. Afinal, precisamos estabelecer mecanismos de ‘porta de saída’ do programa, para que todas tenham, de fato, a condição de se emancipar economicamente”, afirma o senador.


Em ofício encaminhado ao presidente Lula, o parlamentar reforça a previsão jurídico-constitucional para a oferta de microcrédito, destacando emenda à Medida Provisória que dispõe sobre o novo Bolsa Família. “O relator da matéria na Câmara, deputado Drº Francisco (PT-PI), já acolheu a nossa proposta”, emenda Renan.


Cerca de 90% do total de empresas no Brasil são micro e pequenas empresas. Elas são responsáveis por 27% do Produto Interno Bruto (PIB), respondendo, ainda, por 62% das oportunidades de emprego em todo o país, o que só reforça o alcance da iniciativa. 


“Paralelamente, defendemos também que o Banco Central coordene ações de educação financeira junto às famílias. E com o microcrédito, como já destacado pelo economista Marcelo Neri, a chance de o cidadão sair da pobreza em apenas doze meses é de 60%, contra apenas 2% da probabilidade desse movimento em sentido contrário”, conclui o emedebista.