Nesta quarta-feira (13), a CPI da Braskem foi finalmente instalada no Senado após um adiamento no dia anterior. O senador Omar Aziz (PSD-AM) foi eleito presidente, e o senador Jorge Kajuru (PSB-GO) tornou-se vice, em escolhas realizadas por aclamação, indicando consenso entre os congressistas. A definição do relator está marcada para a próxima terça-feira (19), conforme anunciado por Omar Aziz, e a votação do plano de trabalho da CPI e as sessões iniciais serão adiadas para 2024, contrariando o desejo inicial do governo Lula.

A CPI da Braskem preocupa o Planalto devido à participação da Petrobras, controlada pelo governo, com aproximadamente 35% na Braskem. As investigações têm potencial para atingir a estatal, e a oposição no Senado pode aproveitar para convocar políticos envolvidos em casos de corrupção relacionados à Operação Lava Jato. Resistências à criação da comissão, principalmente por parte do PT e do líder do Governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), indicam a preocupação de que a CPI amplie a crise envolvendo a Braskem.

Durante a instalação da CPI, ocorreu um bate-boca entre os senadores alagoanos Renan Calheiros (MDB-AL) e Rodrigo Cunha (Podemos-AL) sobre a relatoria, já que Cunha não deseja que Renan Calheiros seja o relator. Após a instalação, o presidente Omar Aziz assegurou que a CPI não será uma “comissão faz de conta”, prometendo uma investigação profunda para encontrar soluções para a população afetada pelos problemas relacionados à Braskem em Maceió.