Aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afirmam que são mínimas as chances de seguimento ao pedido de impeachment de Lula, que será protocolado nos próximos dias pela oposição formada principalmente por aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Até quarta-feira à noite, 133 parlamentares haviam assinado o pedido, que será apresentado pela deputada Carla Zambelli (PL-SP). A expectativa é de pelo menos 150 assinaturas até o protocolo oficial.
Zambelli tem buscado apoio de integrantes das frentes parlamentares evangélica e católica para fortalecer a denúncia. A oposição já superou as 124 assinaturas do pedido de impeachment contra Dilma em 2016. Contudo, mesmo com adesão considerável, Lira já sinalizou que não dará seguimento à denúncia contra Lula, o que é dificultado pela falta de apoio de partidos como Republicanos, PP, PSD e MDB.
Mesmo entre oposicionistas, não há unanimidade. O coordenador da bancada paulista na Câmara, Antonio Carlos Rodrigues, do PL, foi contra o pedido, apesar de ser do mesmo partido de Bolsonaro.
O pedido de impeachment baseia-se em declarações de Lula sobre a guerra em Israel, consideradas por parlamentares como crime de responsabilidade, conforme o Artigo 5º da Constituição Federal.
Lula comparou a ação de Israel na Faixa de Gaza ao Holocausto judeu durante sua visita à Etiópia no início desta semana.
Fonte - Extra