A Polícia Federal (PF) teria identificado indícios de que o ex-presidente Jair Bolsonaro recebeu informações provenientes do esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como “Abin paralela”, durante a gestão de Alexandre Ramagem. A PF apresentou elementos da investigação à Procuradoria-Geral da República (PGR) e ao Supremo Tribunal Federal (STF), revelando que novas provas serão colhidas nos endereços de Ramagem e de Carlos Bolsonaro, filho do ex-presidente.
Dossiês e documentos produzidos pela “Abin paralela” teriam sido impressos e entregues ao Palácio do Planalto durante o governo Bolsonaro, conforme provas obtidas pela PF. Essas informações se somam a evidências anteriores de interferências da família Bolsonaro na PF, reforçando a suspeita de que Jair Bolsonaro teria acesso a informações sigilosas da PF do Rio de Janeiro por meio de Ramagem.
Durante a gestão de Ramagem, a Abin utilizou um software de monitoramento chamado “First Mile”, especialmente durante as eleições de 2020. Com metade das 60 mil consultas realizadas durante o período eleitoral, a PF investiga a instrumentalização da Abin para fins eleitorais, possivelmente a serviço do núcleo político. O ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, também é alvo de investigação para determinar se deu aval a operações de espionagem ilegal para Ramagem. Ele foi intimado a prestar depoimento.
Fonte - Agora Alagoas
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