O ministro dos Transportes, Renan Filho, intensifica a agenda também em Alagoas para manter acesa sua capacidade de liderança e articulação com propósitos mais caseiros: o grupo do senador Renan Calheiros (MDB) não tem, até agora, um candidato para encaixar na sucessão do governador Paulo Dantas (MDB) – que não pode se candidatar à reeleição – e barrar uma possível candidatura do prefeito JHC (PL) ao Palácio República dos Palmares e até mesmo do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP). 

É consenso interno que o ministro não venceria o prefeito na disputa por Maceió. Por isso, a escolha recaiu sobre o deputado federal Rafael Brito (MDB) mais outras candidaturas palacianas para desgastar o caminho da reeleição de Jota. Tudo muda quando falamos de 2026.

Se Renan Filho não está presente nas solenidades promovidas pelo governo, Paulo Dantas faz questão de usar o nome do antecessor para louvar o que acredita ser suas realizações. É parte da estratégia da propaganda antecipada. Eleito ao Senado ano passado, Renan Filho governou Alagoas por 8 anos. Seu entorno sonha emplacar um projeto maior: a vice-presidência da República. 

Para isso, Geraldo Alckmin (PSB) teria de desistir de ser vice do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), cada vez mais alinhado aos propósitos da reeleição. Entrevistado pelo UOL na semana passada, Alckmin não demonstrou que irá abrir mão da posição que está. Nem Lula cogita substituí-lo por Renan Filho. Sobra a lei do retorno: voltar a governar Alagoas, do contrário seus rivais – JHC e Lira – terão mais chances de chegar ao posto. Esta solução não é nova. 

Em 22 de julho do ano passado, o presidente da Assembleia, Marcelo Victor (MDB), defendeu a candidatura de Renan Filho ao Palácio República dos Palmares. “Dentro do meu partido, o MDB, defendo o retorno de Renan Filho em 2026 para dar continuidade ao trabalho feito pelo governador Paulo Dantas e ao período de prosperidade em Alagoas”, disse Victor.

Fonte - Extra