A vice-prefeita de Atalaia e pré-candidata a prefeita, Camyla Brasil, usou suas redes sociais para expor o prefeito de Maceió, JHC (PL), filho do ex-deputado João Caldas, acusando-o de aplicar uma "rasteira política" ao expulsá-la do partido "aos 45 minutos do segundo tempo".

Segundo Camyla, JHC teria prometido a ela a liderança do PL Mulher em seu município e a candidatura à prefeitura pelo partido. Entretanto, em um vídeo publicado nas redes sociais, ela revelou que essas promessas não foram cumpridas, a pedido de um vereador da capital.

Ela ressaltou, ainda, que até mesmo discursou em um evento do partido em Atalaia, na última sexta-feira (5), com a presença da ex-primeira-dama e presidente do PL Mulher nacional, Michelle Bolsonaro, e a presidente do PL Mulher Alagoas, Eudócia Caldas, mãe de JHC.

No sábado (6), Camyla compareceu a uma reunião do PL Mulher em Maceió, coincidindo com o encerramento do prazo de filiações partidárias. Logo após, foi informada pela assessoria de JHC sobre sua expulsão do partido.

Ela relatou que tentou conversar com JHC, mas foi informada por ele de que sua permanência no partido estava causando problemas e que nada poderia ser feito a respeito. Após sua expulsão, Camyla Brasil se filiou ao Solidariedade e agora está reavaliando sua estratégia para a campanha eleitoral.

Confira a fala da vice-prefeita na íntegra:

"Pessoal, vocês me conhecem, sou Camila Brasil, mãe, mulher, advogada, vice-prefeita no município de Atalaia. Pelo meu histórico honrado, recebi o convite de representar o PL Mulher no meu município. Participei dos eventos junto à presidente do estadual Eudócia Caldas e da presidente do PL Mulher Nacional, Michele Bolsonaro, onde reafirmaram e referendaram que eu estaria à frente do PL Mulher no meu município. Porém, aos quarenta e cinco do segundo tempo, através da assessoria do prefeito de Maceió, fui expulsa do partido por motivos escusos, a pedido de um vereador de Maceió. Procurei o prefeito e ele disse que a minha presença no partido lhe estaria causando grandes problemas e nada poderia fazer. Essa é a nova política, a política da perseguição. Por isso que nós mulheres somos minoria. Por isso que muitas desistem. Mas não é essa artimanha política que vai me parar. Estarei filiada a uma nova sigla e estarei apta a cumprir o meu compromisso com o povo atalaiense. Porque sou guerreira, sou honesta, sou honrada e não vou desistir do meu propósito junto a você, atalaiense."

Fonte - O Alagoano