A cadeira do vereador Siderlane Mendonça (PL) na Câmara Municipal de Maceió deve ser ocupada nas próximas semanas pelo primeiro suplente do Partido Liberal (PL), Caio Bebeto, que obteve 5.418 votos na eleição municipal de 2024.

Siderlane foi afastado do cargo na última sexta-feira (25) durante a Operação Falácia, da Polícia Federal, que investiga um esquema de corrupção, lavagem de dinheiro e crimes eleitorais. Ele é apontado como o líder de um grupo que teria movimentado mais de R$ 245 mil por meio de desvio de salários de assessores e doações irregulares.

Quem é Caio Bebeto?

Filho do deputado estadual Cabo Bebeto (PL), Caio é estudante de Direito e presidente do PL Jovem Maceió. Até o momento, ele não se manifestou publicamente sobre a possibilidade de assumir a vaga deixada pelo correligionário.

Os desdobramentos da Operação Falácia

A investigação revelou que assessores e servidores do gabinete de Siderlane eram obrigados a repassar parte dos seus salários como doação de pessoas físicas para a campanha eleitoral do vereador em 2020. A prática, conhecida como "rachadinha", não está tipificada no Código Penal, mas pode ser enquadrada como peculato, concussão, corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

Além do afastamento do parlamentar, 11 servidores também foram retirados de suas funções. Durante a operação, a Polícia Federal apreendeu documentos, anotações, celulares, dinheiro em espécie e um veículo no gabinete do vereador.

Vereador alega perseguição política

Siderlane, que está em seu terceiro mandato e foi eleito em 2020 com 7.377 votos, se pronunciou sobre o caso nas redes sociais.

“Fui surpreendido pela polícia agora pela manhã em um hotel em Brasília. Aproveitaram que eu viajei a trabalho e mandaram a polícia me fazer uma citação judicial. Já encaminhei ao meu advogado e os fatos serão apurados, porque até então eu nem sei do que se trata”, afirmou.

O caso segue sob investigação e novas diligências podem ser realizadas nos próximos dias.

Fonte - Vital News